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Voltando no tempo 3 - O diagnóstico da APLV

Refluxo

Como eu comentei nos post´s anteriores, a Maria Luísa foi amamentada desde as primeiras horas de vida, mamava super bem, eu tinha bastante leite... Tudo parecia ótimo! Mas alguns sintomas que ela começou a apresentar antes de 10 dias de vida me deixavam angustiada... Ela chorava bastante após as mamadas, jogava a cabeça para trás e regurgitava com muita frequência. Comentei com a pediatra na sua primeira consulta e ela não deu importância, disse que era muito cedo para diagnosticar qualquer coisa e como ela havia recuperado o peso perdido na maternidade...
Mas os sintomas foram se agravando e acabamos optando por levá-la numa consulta de emergência na Clínica Santa Helena quando ela completou 20 dias. Foi aí que conhecemos o Dr. Fernando, que passou a ser o pediatra da Malu deste dia em diante.
Ele indicou o medicamento Motilium, que ela tomou por uma semana, sem muita melhora e depois mudou para o Losec Mups 10 mg. Foi uma benção! A Maria Luísa continuou a regurgitar muito até os 6 meses, mas não tinha dor, era o chamado "regurgitador feliz"! O seu ganho de peso sempre foi ótimo (como você pode comprovar na aba Fotos). O medicamento, aliado às medidas posturais (cabeceira da cama levantada, não deitá-la antes de 30 min após cada mamada, etc.) garantiam o controle do refluxo.

Quer saber mais sobre refluxo? Leia aqui.

Dermatite atópica

Por volta dos 3 meses de idade, a Maria Luísa começou a apresentar a pele muito ressecada, com manchas amarelas e ásperas no peito, barriga, pernas e braços, além de crostinhas na cabeça, lesões parecidas com assaduras nas dobrinhas e feridinhas atrás das orelhas.

O Dr. Fernando, apesar de muito atencioso, dizia que ela tinha a pele muito sensível, receitava um creme hidratante, mas as lesões não melhoravam.

Resolvemos consultar, então, uma dermatologista, que diagnosticou como dermatite atópica, indicou o tratamento com xampu, sabonete, creme e pomadas especiais e em alguns dias a pele da Malu estava muito melhor!

Dermatite Atópica é uma doença crônica que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. Geralmente afeta pessoas com história pessoal ou familiar de asma, rinite alérgica ou dermatíte
atópica (a Malu tem o azar de ter mãe e pai alérgicos).

Para saber mais acesse aqui.

APLV

Você deve estar se perguntando porque eu estou falando de refluxo e dermatite atópica neste post. Eu já explico... Na época em que esses problemas foram diagnósticados nenhum dos médicos que atenderam a Maria Luísa comentou que eles poderiam ter alguma ligação e nem que poderiam indicar um outro problema como uma alergia alimentar, por exemplo, eles sempre foram tratados de forma isolada. Mais tarde é que eu fui ler que refluxo e lesões de pele poderiam ser sintomas de APLV - Alergia à Proteína do Leite de Vaca. Eu penso que se essa hipótese tivesse sido considerada antes, talvez ela não tivesse tido o diagnóstico tão tarde e nem as reações alérgicas que teve... Mas isso é uma coisa que nunca vou saber...

Quando a Maria Luísa estava quase com 6 meses, preocupada com a minha volta ao trabalho, eu comecei a tentar introduzir leite artificial para ela, com o consentimento do pediatra. Mas ela não aceitava, tentei várias fórmulas, tipos de mamadeira, de bicos e nada... Até que uma tarde, após tomar 70 ml de Nestogeno, a Maria Luísa ficou cheia de manchas vermelhas no rosto e corpo! Fomos correndo para o  pediatra, mas ele não pode verificar nada, porque as manchas tinham sumido.
A partir dai resolvi adiar a introdução do leite artificial mais um pouco e fiquei com a sensação que algo não ia bem...

Perto dela completar 8 meses, dei uma prova de iogurte natural que eu estava tomando para a pequena e em minutos ela estava com a boquinha vermelha. Para mim não restava dúvida, ela tinha alergia!

Mas antes que pudessemos fazer qualquer coisa, ela teve nova reação alérgica na primeira semana de escolinha quando ofereceram um mingau de farinha láctea. Dessa vez a reação foi mais forte, além da urticária (manchas e coceira pelo corpo), ela teve vômitos. No mesmo dia, fizemos um teste de leitura imediata (também chamado de Prick-test) que deu positivo para leite e ovo!!!

Nesse dia o meu mundo caiu! Entrei em desespero imaginando como seria a vida da minha filha sem o leite de vaca, comecei a ler tudo o que eu achava na internet sobre o assunto e quanto mais eu lia, mas desesperada ficava... Comecei a fazer dieta de exclusão de leite por conta própria, porque eu ainda amamentava e cortei o leite da dieta dela também.

Procuramos uma alergista, que nos atendeu muito mal, mas confirmou o diagnóstico da APLV somente com base nos sintomas.

Consultamos depois outro alergista, que foi bem mais atencioso, repetiu o exame de leitura imediata que deu positivo novamente para leite e ovo, mas não pediu mais exames porque ela tinha menos de 1 ano e não era necessário, estava confirmada a APLV!

Para ler mais sobre a APLV eu indico esse site aqui.



Comentários


  1. Adorei o post, descrevendo bem o histórico da Malu, isso pode ajudar outras mamães com o mesmo problema. No início, quando a Malu era pequenininha, pouco acompanhei vcs, sempre é bom poder saber como foi.

    Vc me perguntou se acho que a Bella deve mudar de dieta, porque levei-a na nutricionista. Eu achei que na primeira consulta a nutri daria uma direcionada, mas não, disse para retornarmos lá depois. Não sei se vou seguir algo, mas é uma nova opnião. Bella come quase tudo, mas bem pouco, quero que ela se alimente da forma mais positiva possível.


    bjão!

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    Respostas
    1. Olá, Clau!
      Ajudar outras mães é uma das minhas intenções com o blog, pois enfrentar o diagnóstico da APLV não é nada fácil, precisamos mesmo de muita informação.
      Legal você procurar uma nutricionista para a Gá, eu perguntei porque a maioria das pessoas só procura quando há algum problema de saúde. Espero que ela te dê boas dicas!
      Muito obrigada pela visita e beijos!

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  2. Nossa Lu, lembro do caso da escolinha só!
    Graças a Deus, e a vc que não se conformou com os diagnósticos apresentados de início e pesquisou, correu atrás a Malu hoje tem o tratamento certo!
    Com certeza seu relato poderá ajudar muitas mamães que encontram dificuldades de encontrar um bom médico (isso hoje em dia está raro de se ver) e uma resposta!
    Bjs pra vcs!

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    Respostas
    1. Oi, Mi.
      Adorei a visita!
      Toda mãe de alérgico precisa ser desconfiada, não acreditar na primeira opinião e seguir sua a intuição porque, infelizmente, encontrar bons médicos que conheçam alergia alimentar é difícil!

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